sábado, 24 de julho de 2010

RECESSO ESCOLAR

O recesso escolar é um valioso período para o descanso de professores e de alunos da rotina. É impressionante perceber como alunos e professores ficam desgastados com essa convivência. Nem sempre se chegam a agressões físicas e verbais; todavia, percebe-se, nos últimos dias, um desejo evidente de descanso de ambas as partes.

Por outro lado, analiso o período de recesso como uma pausa para reflexão, um momento de replanejamento não somente de nossas próprias vidas, mas, principalmente, para nosso fazer de sala de aula. Tudo bem que pouca gente quer parar para pensar no trabalho agora, eu sei; mas, analisando tudo o que foi feito até agora, é preciso perceber o que foi bom e o que foi ruim porque AINDA DÁ TEMPO DE MUDAR O QUE ESTÁ ERRADO EM NOSSA PRÁTICA PEDAGÓGICA.

Não somos seres perfeitos, não é mesmo? Lembrando de nossas aulas, é possível perceber o que fizemos de bom e o que fizemos de ruim, o que estava dando certo e o que estava dando muito errado. Eu procurei ler alguns livros nesse período e isso me fez repensar um pouco do que eu poderia ter feito para tornar minhas aulas mais agradáveis e melhorar ainda mais meu relacionamento com meus alunos. Tudo bem que sempre há aquele grupo que não se interessa por nossas aulas, mas nem por isso eles deixam de ser nossos alunos: lidar com alunos difíceis faz parte do nosso desafio; eles podem não gostar da gente, mas eles são nossos alunos.

Por esses dias, num conselho de classe, uma professora deixou bem claro que os alunos da turma para a qual ela dava aula eram da escola, não dela. O que me fez pensar foi o seguinte: realmente, os alunos não são meus, seus, nossos ou seja lá o que for; contudo, eles estão sob nossa responsabilidade, e cabe a mim, como profissional formado que sou, colocar em prática todo o meu conhecimento adquirido para tornar esse aluno sob minha responsabilidade um cidadão. Se ele não se tornar ou se ele, por mais que eu tenha feito todo o meu esforço, ficar reprovado, tenho de ter a consciência tranquila de que eu fiz de tudo para que ele aprendesse. Não posso entrar em depressão porque um aluno não aprendeu a matéria; devo, sim, procurar outros meios para continuar trabalhando. Afinal, não lidamos com números nem máquinas; lidamos com seres humanos em formação.